Certas histórias nos fazem refletir sobre os mistérios que permeiam a vida e o que pode existir além dela. Algumas barreiras, ao que tudo indica, podem ser atravessadas, revelando encontros inesperados e marcados pelo inexplicável.
Hoje, no blog Quinta Dimensão, trazemos um conto sombrio e enigmático sobre um amor impossível e um segredo enterrado no tempo. Se você gosta de lendas urbanas, relatos sobrenaturais e momentos que arrepiam a espinha, não deixe de conferir o nosso canal no YouTube e nosso conteúdo exclusivo no Spotify, onde exploramos os mistérios que desafiam a lógica e testam os limites da realidade
Era uma noite fria e coberta de névoa quando Henrique dirigia pela estrada que margeava o cemitério da cidade. A estrada solitária parecia emoldurada por sombras, e o vento carregava um silêncio inquietante.
Enquanto o silêncio e o nevoeiro se intensificavam, Henrique avistou uma figura ao longe. Parada à beira da pista, uma jovem de cabelos escuros aguardava. Sua postura tranquila e o olhar profundo chamaram sua atenção, enchendo-o de uma curiosidade inexplicável.
Ele parou o carro e perguntou:
“Está sozinha a essa hora?”
“Sim… Preciso de uma carona até o centro,” respondeu ela, sua voz suave e convidativa.
Sem hesitar, Henrique abriu a porta, e Laura entrou no carro. Conforme conversavam pelo caminho, ele se sentiu fascinado por sua inteligência e graça. Mas havia algo nela – uma energia misteriosa e uma estranha melancolia – que ele não conseguia compreender.
Chegando à cidade, Henrique e Laura decidiram prolongar o encontro. Foram até uma boate, onde dançaram e riram como se já se conhecessem há anos. A noite parecia mágica, e os dois se perderam em conversas intensas e um passeio tranquilo pelas ruas iluminadas pela madrugada.
O vínculo entre eles se aprofundava a cada momento. Henrique sentia que nunca havia encontrado alguém como Laura, mas ao mesmo tempo, havia uma estranha sensação que ele não conseguia explicar.
Quando a noite terminou, Henrique levou Laura até sua casa – uma residência antiga e discreta. Na porta, ela o olhou com um sorriso encantador e disse suavemente:
“Obrigada por essa noite.”
Henrique ficou parado por alguns instantes, observando a porta fechar e sentindo um vazio inexplicável.
Os dias se passaram, e Henrique não ouviu mais nada de Laura. Sua saudade era tão profunda que ele se viu incapaz de ignorá-la. Decidiu, então, ir até a casa onde a havia deixado naquela madrugada.
Ao bater à porta, uma senhora abriu, seu rosto marcado pelo tempo e sua expressão triste.
“Bom dia… Eu procuro Laura,” disse Henrique, ansioso.
A mulher ficou em silêncio por alguns instantes, como se avaliasse o peso das palavras que precisaria dizer. Então, ela suspirou profundamente e respondeu com uma voz sombria:
“Meu filho… Laura faleceu há três anos.”
Henrique sentiu o chão sumir sob seus pés. Ele balançou a cabeça em descrença e murmurou:
“Não… Isso não pode ser. Eu estive com ela! Conversamos, dançamos… Eu a trouxe até esta casa.”
A mulher o olhou com melancolia, hesitou e disse:
“Entre.”
Henrique atravessou a porta e foi tomado por uma sensação de frio inexplicável. O cheiro de madeira antiga e memórias esquecidas preenchia o ambiente.
Foi então que seus olhos se fixaram em um porta-retratos sobre um móvel. Seu coração disparou.
Era Laura.
Na fotografia, o sorriso dela era exatamente como ele se lembrava. Ela usava o mesmo vestido da noite em que estiveram juntos. Henrique sentiu um arrepio percorrer sua espinha enquanto murmurava:
“Ela… é ela.”
A mulher tocou a foto com um gesto delicado e disse, com tristeza na voz:
“Muitos já vieram até aqui procurando por minha filha. Dizem que a encontram na estrada do cemitério, pedindo carona…”
Henrique sentiu o ar faltar, sua mente girava em desespero e confusão. Ele havia passado a noite com alguém que não deveria mais estar ali, uma alma perdida entre dois mundos.
O que realmente aconteceu naquela noite? Seria Henrique apenas um espectador de um evento sobrenatural? Ou Laura nunca foi embora completamente, presa em um destino impossível?
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Já teve um encontro inexplicável? Algo que desafia a razão? Compartilhe conosco sua história nos comentários.
E lembre-se: algumas presenças nunca desaparecem completamente…
